Myrtaceae

Psidium rufum Mart. ex DC.

LC

EOO:

1.599.454,679 Km2

AOO:

756,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020), ocorrendo nos Estados da Bahia (Nascimento et al., 2010), Ceará (Araújo 928), Distrito Federal (Heringer 2960; Campos 43), Goiás (Carvalho et al., 2008; Amorim e Batalha, 2007), Espírito Santo (Arbo 7724; Hatschbach 71498), Minas Gerais (Moreno et al., 2008, Souza et al., 2015; Vale et al., 2014; Rocha et al., 2005; Silva et al., 2005; Gausteur et al., 2016), Rio de Janeiro (Fraga et al., 2015), São Paulo (Kotchetkoff-Henriques et al., 2005), Paraná (Carmo et al., 2012). Distribui-se em altitudes com cerca de 500 m (Gusson et al., 2012; Kotchetkoff-Henriques et al., 2005), 600 m (Reis et al., 2007), 700 m (Araujo et al., 2005; Moreno et al., 2008), 800 m (Ressel et al., 2004; Araujo et al., 2005; Kotchetkoff-Henriques et al., 2005; Carvalho et al., 2008), 900 m (Reis et al., 2007; Carvalho et al., 2008) e 1000 m (Carvalho et al., 2008).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Paula de Freitas Larocca
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Psidium rufum Mart. ex DC. é uma espécie de árvore à arbusto, amplamente distribuída (EOO = 1.369.586,09 km²) em diferentes fitofisionomias dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, principalmente no ecossistema de Floresta Estacional Semidecidual (Arantes e Monteiro, 2002; Berg, 1895; Vale et al., 2009; Vale et al., 2014; Flora do Brasil 2020). Ocorre em pelo menos 5 unidades protegidas (Kawasaki, 1989; Ressel et al., 2004; Souza et al., 2015; Carvalho et al., 2008; Ritter e Moro, 2007) e dentre ações para a sua conservação, há iniciativa de produção de mudas da espécie para fins de restauração (Sociedade Chauá, com.pess.). Apesar de haver registros de ameaças à espécie e ocorrência em áreas com intensa perda de habitat (Vale et al. 2014; Araujo et al., 2005), P. rufum é abundante em várias localidades, com suas populações não sendo consideradas severamente fragmentadas.

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Prodr. 3: 234. 1828. Apresenta como caracteres distintivos folhas e râmulos cobertos por pubescência rufa, ferrugínea ou esbranquiçada, indumento denso, folhas geralmente com nervuras secundárias bem visíveis, impressas e rugosas na face adaxial e margem revoluta nas folhas adultas (Arantes e Monteiro, 2002; Kawasaki, 1989).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Potencial na marcenaria leve, confecção de ferramentas além de lenha para carvão (Lorenzi, 1998). Além disso, são produzidas mudas da espécie para fins comerciais (IBF, 2016)

População:

Detalhes: Em estudos da composição e estrutura do estrato superior (arbóreo) no Estado de Minas Gerais, Moreno et al. (2008) no município de Uberlândia, na Estação Ecológica do Panga, registrou 2 indivíduos em formação Floresta Estacional Semidecidual (FES) e nenhum indivíduo em cerrado, na mesma reserva Souza et al. (2015) compararam a ocorrência de espécies em diferentes tipos de vegetação durante os anos de 1997 e 2012, em ambos os anos foram detectados um total de 6 indv./ha em FES e, no mesmo município, Vale et al. (2014) realizaram o estudo comparativo de dois fragmentos de Floresta Estacional Decidual (FED) e Semidecidual antes da construção da Usina Amador Aguiar Dam II (rio Araguari), no qual registraram antes do empreendimento 5 indivíduos da espécie e 3 anos após nenhum. No município de Coqueiral, Rocha et al. (2005) encontraram 7 indivíduos na encosta de uma FES aluvial. No município de Ibituruna, no estudo de um fragmento de FES atingido por incêndio, registrou-se antes do incidente 2,67 indv./ha da espécie e dois anos depois esse valor baixou para 1,92 indv.ha (Silva et al., 2005). No município de Lavras, Souza et al. (2003) encontraram 2 indivíduos, representando 1,80 indv./ha em FES. No município de Araguari, em FES de 1ha, Vale et al. (2009) registraram 2 indivíduos. Vieira (2016) no município de Florestal, no estudo de dois fragmentos florestais de FES, encontrou um total de 12 indivíduos da espécie. No município de Bom Despacho, Gausteur et al. (2016) encontraram 1 indivíduo no levantamento de dois fragmentos de floresta. No Estado da Bahia, nos municípios de Rio de Contas e Rio do Pires, porção sul da Chapada Diamantina, foram amostrados seis fragmentos na Serra das Almas, cinco na Serra da Mesa e um na Serra Itubira, em todos os 12 fragmentos a espécie foi comum (Nascimento et al. 2010). No Estado de São Paulo, município de Ribeirão Preto, Kotchetkoff-Henriques et al. (2005) encontraram do total de 95 fragmentos de vegetação, 3 indivíduos na fisionomia de cerradão. No Estado do Paraná, no município de Tibagi, foi amostrado um 1 indivíduo em relicto de cerrado no Parque Estadual do Guartelá (Carmo et al., 2012). No Estado do Rio de Janeiro, em Nova Friburgo, Fraga et al. (2015) identificaram 1 indivíduo da espécie em uma floresta com cerca de 20 anos e 2 indivíduos em floresta com cerca de 50 anos. No Estado do Goiás, no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, Carvalho et al. (2008) registraram 3 indv./ha na fisionomia de cerrado, e no estudo de 3 áreas no Parque Nacional das Emas, Amorim e Batalha (2007) registraram 8 indivíduos na mesma fitofisionomia.
Referências:
  1. Moreno, M.I.C., Schiavini, I., Haridasan, M. 2015. Fatores Edáficos Influenciando na Estrutura de Fitofisionomias do Cerrado. Caminhos de Geografia Uberlândia. 9(25), 173 – 194.
  2. Souza, J.R., Prado Júnior, J.A., Vale, V.S., Schiavini, I., Oliveira, A.P., Arantes, C.S. 2015. Secondary forest expansion over a savanna domain at an ecological reserve in the Southeastern Brazil after 15 years of monitoring. Braz. J. Bot. 38, 311–322.
  3. Vale, V.S., Schiavini, I., Lopes, S.F., Neto, O.C.D., Oliveira, A.P., Gusson, A.D. 2009. Composição florística e estrutura do componente arbóreo em um remanescente primário de floresta estacional semidecidual em Araguari, Minas Gerais, Brasil. Hoehnea 36(3), 417-429.
  4. Vieira, L.M.G. 2016. Efeito de Borda na Estrutura de Fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual de Diferentes Tamanhos na Bacia do Rio Paraopeba. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. 76p.
  5. Nascimento, F.H.F., Giulietti, A.M., Queiroz, L.P. 2010. Diversidade arbórea das florestas alto montanas no Sul da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Acta bot. bras. 24(3), 674-685.
  6. Kotchetkoff-Henriques, O., Joly, C.A., Bernacci, L.C. 2005. Relação entre o solo e a composição florística de remanescentes de vegetação natural no Município de Ribeirão Preto, SP. Revista Brasil. Bot. 28(3), 541-562.
  7. Carmo, M.R.B., Andrade, A.L.P., Santos, G.A. S. D., Assis, M.A. 2012. Análise Estrutural em Relictos de Cerrado no Parque Estadual do Guartelá, Município de Tibagi, Estado do Paraná, Brasil. Ciência Florestal. 22(3). 505-517.
  8. Gastauer, M., Almado, R.P., Miazaki, A.S., Diniz, E.S., Moreira, L.C.B., Meira-Neto, J.A.A. 2016. Species composition, community and population dynamics of two gallery forests from the Brazilian Cerrado domain. Biodiversity Data Journal 4: e8503. doi: 10.3897/BDJ.4.e8503.
  9. Fraga, J.S., Oliveira, R.R., Amorim, T.A., Silva, I.M., Coelho Netto, A.L. 2015. Florestas Secundárias De Diferentes Idades E A Estabilidade De Encostas Em Nova Friburgo (Estado Do Rio De Janeiro, Brasil).
  10. Carvalho, F.A., Rodrigues, V.H.P., Kilca, R.V., Siqueira, A.S., Araújo, G.M., Schiavini, I. 2008. Composição Florística, Riqueza E Diversidade De Um Cerrado Sensu Stricto No Sudeste Do Estado De Goiás. Biosci. J., 24(4), 64-72.
  11. Amorim, P.K., Batalha, M.A. 2007. Soil-vegetation relationships in hyperseasonal cerrado, seasonal cerrado, and wet grassland in Emas Natinal Park (central Brazil). Acta Botanica, 32, 319-327.
  12. Silva, V.F., Oliveira Filho, A.T., Venturin, N., Carvalho, W.A.C., Gomes, J.V.B. 2005. Impacto do fogo no componente arbóreo de uma floresta estacional semidecídua no município de Ibituruna, MG, Brasil. Acta bot. bras. 19(4), 701-716.
  13. Souza, J.S., Espírito-Santo, F.D.B., Fontes, M.A.L., Oliveira-Filho, A.T., Botezelli, L. 2003. Análise das Variações Florísticas e Estruturais da Comunidade Arbórea de um Fragmento de Floresta Semidecídua às Margens do Rio Capivari, Lavras-MG. R. Árvore. 27(2), 185-206
  14. Vale, V.S., Araújo, G.M., Schiavini, I., Pado-Jr, J.A., Gusson, A.E. 2014. Dams consequences to the woody regeneration layer of dry forests. Natureza on line 12(1), 19-27.
  15. Rocha, C.T.V., Carvalho, D.A., Fontes, M.A.L., Oliveira Filho, A.T., Den Berg, E.V., Marques, J.J.G.S.M. 2005. Comunidade arbórea de um continuum entre floresta paludosa e de encosta em Coqueiral, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasil. Bot.28(2), 203-218.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ciliar e/ou de Galeria
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, Floresta Ombrófila Mista
Detalhes: Ocorre nos Biomas Mata Atlântica e Cerrado (Flora do Brasil 2020), distribuindo-se principalmente no ecossistema de Floresta Estacional Semidecidual (Arantes e Monteiro, 2002; Berg, 1895; Vale et al., 2009; Vale et al., 2014; Flora do Brasil 2020). Além disso, é encontrada nas fitofisionomias Cerrado Lato sensu e formações de campos rupestres (Berg, 1895; Kotchetkoff-Henriques et al., 2005; Flora do Brasil 2020), bem como em zonas de tensão com Floresta Ombrófila Mista (Berg, 1895). A espécie é encontrada no interior de formações florestais, como em formações abertas (Arantes e Monteiro, 2002; Kawasaki, 1989; Kotchetkoff-Henriques, 2005), ocorrendo preferencialmente em ambientes bem drenados (Kotchetkoff-Henriques, 2005; Rocha et al., 2005). Ocorre em solos do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo (Araujo et al., 2005; Reis et al., 2007; Carvalho et al., 2008), Vermelho-Escuro (Carvalho et al., 2008), Cambissolos e Neossolos Litólicos (Carmo et al., 2012) em climas, conforme a classificação de Köppen, Cwb (verões quentes e úmidos) (Araujo et al., 2005; Nascimento et al., 2010), Cfa (úmido subtropical) com influência direta do clima Cfb (úmido temperado) (Carmo et al., 2005), Aw (Ressel et al., 2004; Kotchetkoff-Henriques et al., 2005; Moreno et al., 2008).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 21 dez. 2016
  2. Berg, O. K. 1895. Psidium, in: Martius, C. F. P.; Eichler, A. W. Urban, I. Flora Brasiliensis. V.14. Mo. Bot. Garden. 656 p.
  3. Kawasaki, M.L. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Myrtaceae. 1989. Bolm Botânica, Universidade de São Paulo. 11, 121-170.
  4. Kotchetkoff-Henriques, O., Joly, C. A., Bernacci, L. C. 2005. Relação entre o solo e a composição florística de remanescentes de vegetação natural no Município de Ribeirão Preto, SP. Brasil. Bot. 28(3), 541 – 562.
  5. Arantes, A.A., Monteiro, R. 2002. A família Myrtaceae na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 3(2), 111-127.
  6. Rocha, C.T.V., Carvalho, D.A., Fontes, M.A.L., Oliveira Filho, A.T., Den Berg, E.V., Marques, J.J.G.S.M. 2005. Comunidade arbórea de um continuum entre floresta paludosa e de encosta em Coqueiral, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasil. Bot.28(2), 203-218.
  7. Araujo, F.S., Martins, S.V., Meira Neto, J.A.A., Lani, J.L., Pires, I.E. 2005. Florística da Vegetação Arbustivo-Arbórea Colonizadora de uma Área Degradada por Mineração de Caulim, em Brás Pires, MG. R. Árvore. 29(6), 983-992.
  8. Reis, H., Scolforo, J.R.S., Oliveira, A.D., Oliveira Filho, A.T., Mello, J.M. 2007. Análise da Composição Florística, Diversidade e Similaridade de Fragmentos de Mata Atlântica em Minas Gerais. Cerne. 13(3), 280-290.
  9. Carvalho, F.A., Rodrigues, V.H.P., Kilca, R.V., Siqueira, A.S., Araújo, G.M., Schiavini, I. 2008. Composição Florística, Riqueza E Diversidade De Um Cerrado Sensu Stricto No Sudeste Do Estado De Goiás. Biosci. J., 24(4), 64-72.
  10. Carmo, M.R.B., Andrade, A.L.P., Santos, G.A. S. D., Assis, M.A. 2012. Análise Estrutural em Relictos de Cerrado no Parque Estadual do Guartelá, Município de Tibagi, Estado do Paraná, Brasil. Ciência Florestal. 22(3). 505-517.
  11. Nascimento, F.H.F., Giulietti, A.M., Queiroz, L.P. 2010. Diversidade arbórea das florestas alto montanas no Sul da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Acta bot. bras. 24(3), 674-685.
  12. Ressel, K., Guilherme, F.A.G, Schiavini, I., Oliveira, P.E. 2004. Ecologia morfofuncional de plântulas de espécies arbóreas da Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais. Revista Brasil. Bot. 27(2), 311-323.
  13. Moreno, M.I.C., Schiavini, I., Haridasan, M. 2015. Fatores Edáficos Influenciando na Estrutura de Fitofisionomias do Cerrado. Caminhos de Geografia Uberlândia. 9(25), 173 – 194.
  14. Sociedade Chauá. 2016. Informação pessoal.
  15. Vale, V.S., Araújo, G.M., Schiavini, I., Pado-Jr, J.A., Gusson, A.E. 2014. Dams consequences to the woody regeneration layer of dry forests. Natureza on line 12(1), 19-27.

Reprodução:

Detalhes: Espécie monóica (Arantes e Monteiro, 2002) com registro de floração de agosto a novembro (Lorenzi, 1998), frutificação de janeiro a março (Arantes e Monteiro, 2002) e maio a junho (Lorenzi, 1998). Polinizada principalmente por abelhas (Gressler et al., 2006; Lorenzi, 1998; Lughadha e Proença, 1996), dispersão zoocórica (Araujo et al., 2005; Gusson et al., 2012), frequentemente por aves (Gressler et al., 2006).
Fenologia: flowering (Aug~Sep), fruiting (Jan~Mar), fruiting (May~Jun)
Síndrome de polinização: miophily
Dispersor: Dispersão zoocórica (Araujo et al., 2005; Gusson et al., 2012), frequentemente por aves (Gressler et al., 2006).
Síndrome de dispersão: zoochory
Polinizador: Polinizada principalmente por abelhas (Gressler et al., 2006; Lorenzi, 1998; Lughadha e Proença, 1996).
Sistema sexual: monoecious
Referências:
  1. Lorenzi, H. 1998. Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2ed. Nova Odessa, Insitituto Pantarum. 352 p.
  2. Gressler, E.; Pizo, M. A.; Morellato, L. P. C. 2006. Polinização e dispersão de sementes em Myrtaceae do Brasil. Rev. bras. Bot. 29(4), 509 – 530.
  3. Lughadha, E.; Proença, C. 1996. A Survey of the Reproductive Biology of the Myrtoideae (Myrtaceae). Annals of the Missouri Botanical Garden. 83(4), 480 – 503.
  4. Araujo, F.S., Martins, S.V., Meira Neto, J.A.A., Lani, J.L., Pires, I.E. 2005. Florística da Vegetação Arbustivo-Arbórea Colonizadora de uma Área Degradada por Mineração de Caulim, em Brás Pires, MG. R. Árvore. 29(6), 983-992.
  5. Arantes, A.A., Monteiro, R. 2002. A família Myrtaceae na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 3(2), 111-127.
  6. Gusson, A.E., Lopes, S.F., Neto, O.C.D., Vale, V.S., Schiavini, I. 2012. A importância de uma análise comparativa detalhada: Comparando a estrutura arbórea de dois fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual no Triângulo Mineiro. Brazilian Geographical Journal: Geosciences and Humanities research medium. 3(2), 471-485.

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying locality past,present local high
Há relatos da ocorrência da espécie em área degradada por mineração de caulim, em Brás Pires, Minas Gerais (Araujo et al., 2005).
Referências:
  1. Araujo, F.S., Martins, S.V., Meira Neto, J.A.A., Lani, J.L., Pires, I.E. 2005. Florística da Vegetação Arbustivo-Arbórea Colonizadora de uma Área Degradada por Mineração de Caulim, em Brás Pires, MG. R. Árvore. 29(6), 983-992.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 12.1 Other threat
As construções de usinas hidrelétricas em locais com ocorrência da espécie afetam as populações, como relatado por Vale et al. (2014), onde analisaram a composição florística antes e depois da área compreendida pela Usina Amador Aguiar Dam II, Minas Gerais, no qual dos 5 indivíduos antes existentes desapareceram 3 anos após o empreendimento.
Referências:
  1. Vale, V.S., Araújo, G.M., Schiavini, I., Pado-Jr, J.A., Gusson, A.E. 2014. Dams consequences to the woody regeneration layer of dry forests. Natureza on line 12(1), 19-27.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture locality,occupancy,occurrence past,present regional medium
A expansão do agronegócio é uma fonte importante fonte de pressão para o habitat da espécie. Estima-se que atualmente apenas 7% dos remanescentes de Florestas Estacionais e 12,6% da Floresta Ombrófila Mista ainda existem (Ribeiro et al., 2009) e 55% das áreas originais de savanas brasileiras (Machado et al., 2004), ambiente onde a espécie ocorre, sendo que o principal uso do solo nessas regiões são atividades agropastoris (Cunha et al., 2008; Durigan et al., 2007; Klink e Machado 2005). Tais atividades ainda hoje vem pressionando os remanescentes de vegetação (Cunha et al., 2008; Durigan et al., 2007; Machado et al., 2004; Mendes, 2013), sendo observada redução na área total de remanescentes na atualidade (Durigan et al., 2007; SOS Mata Atlântica e INPE, 2014) e da fragmentação dos mesmos (Barros e Moro, 2015).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica; Instituto Nacional De Pesquisas Espaciais, INPE. 2014. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2012-2013. Relatório técnico, São Paulo
  2. Ribeiro, M.C.; Metzger, J.P.; Martensen, A.C.; Ponzoni, F.J.; Hirota, M.M. 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How Much Is Left, and How Is the Remaining Forest Distributed? Implications for Conservation. Biological Conservation. 142(6), 1141–1153.
  3. Machado, R.B.; Ramos Neto, M.B.; Pereira, P.G.P.; Caldas, E.F.; Gonçalves, D.A.; Santos, N.S.; Tabor, K.; Steininger, M. 2004. Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro. Conservação Internacional. Brasília, DF. 25p.
  4. Cunha, N.R.S.; Lima, J.E.; Gomes M.F.M.; Braga, M.J. 2008. A intensidade da exploração agropecuária como indicador da degradação ambiental na região dos cerrados, Brasil. RER. 46(2), 291-323.
  5. Klink, C.A.; Machado, R.B. 2005. Conservation of the brazilian Cerrado. Conservation biology. 19(3), 707-713.
  6. Durigan, G.; Siqueira, M.F.; Franco, G.A.D.C. 2007. Threats to the cerrado remnants of the state of São Paulo, Brazil. Sci Agric. 64(4), 355-363.
  7. Mendes, B.C. 2013. Análise temporal de uso e ocupação da terra e fragmentos florestais no município de Cerro Azul - PR. Trabalho de conclusão de Curso. Universidade de Brasília, DF. 48p.
  8. Barros, K.F.; Moro, R.S. 2015. Conectividade estrutural entre a floresta nacional de Piraí do Sul e seu entorno, Paraná, Brasil. Geoingá. 7(1), 210-233.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
Ocorre em áreas protegidas, tais como, para o Estado de Minas Gerais, na Serra do Cipó (Kawasaki, 1989), na Estação Ecológica do Panga (EEP), Uberlândia, MG (Ressel et al., 2004; Souza et al., 2015), na Floresta Nacional de Paraopeba (FLONA), em Paraopeba, MG (Souza et al., 2008), no Estado do Goiás, no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, Carvalho et al. (2008) e no Paraná no Parque Estadual do Guartelá (Ritter e Moro, 2007).
Referências:
  1. Kawasaki, M.L. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Myrtaceae. 1989. Bolm Botânica, Universidade de São Paulo. 11, 121-170.
  2. Ressel, K., Guilherme, F.A.G, Schiavini, I., Oliveira, P.E. 2004. Ecologia morfofuncional de plântulas de espécies arbóreas da Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais. Revista Brasil. Bot. 27(2), 311-323.
  3. Souza, P.B., Alves, J.A., Silva, A.F., Souza, A.L. 2008. Composição Florística da Vegetação Arbórea de um Remanescente de Cerradão, Paraopeba, MG. R. Árvore. 32(4), 781-790.
  4. Ritter, L.M.O., Moro, R.S. 2007. Similaridade floristica entre as disjunções de cerrado na bacia do alto Tibagi, Paraná. Terra Plural. 1(2), 85-98.
  5. Carvalho, F.A., Rodrigues, V.H.P., Kilca, R.V., Siqueira, A.S., Araújo, G.M., Schiavini, I. 2008. Composição Florística, Riqueza E Diversidade De Um Cerrado Sensu Stricto No Sudeste Do Estado De Goiás. Biosci. J., 24(4), 64-72.
  6. Souza, J.R., Prado Júnior, J.A., Vale, V.S., Schiavini, I., Oliveira, A.P., Arantes, C.S. 2015. Secondary forest expansion over a savanna domain at an ecological reserve in the Southeastern Brazil after 15 years of monitoring. Braz. J. Bot. 38, 311–322.
Ação Situação
3.4 Ex-situ conservation on going
Pesquisada para fins de conservação e não-governamentais pela Sociedade Chauá - coleta de sementes, estudos de germinação, produção de mudas e reintrodução (Sociedade Chauá, 2016)
Referências:
  1. Sociedade Chauá. 2016. Informação pessoal.

Ações de conservação (3):

Uso Proveniência Recurso
13. Pets/display animals, horticulture cultivated whole plant
A espécie tem potencial ambiental, onde é recomendada em restauração de áreas degradadas (Santos, 2011), como na ação para recuperação de área degradada de uma mata ciliar no município de Sabará, Minas Gerais, no programa de revitalização do rio ‘’Das Velhas’’ pela UFMG (Londe et al., 2015).
Referências:
  1. Londe, V., Sousa, H.C., Kozovits, A.R. 2015. Avaliação de uma Mata Ciliar Reabilitada de Cinco Anos de Idade: Ela já é Sustentável? Revista Árvore. 39(4), 603-610.
  2. Santos, M.B. 2011. Enriquecimento de uma floresta em restauração através da transferência de plântulas da regeneração natural e da introdução de plântulas e mudas. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo. 115p.
Uso Proveniência Recurso
16. Other natural whole plant
Potencial na marcenaria leve, confecção de ferramentas além de lenha para carvão (Lorenzi, 1998).
Referências:
  1. Lorenzi, H. 1998. Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2ed. Nova Odessa, Insitituto Pantarum. 352 p.
Uso Proveniência Recurso
1. Food - human natural fruit
Consumo in natura dos frutos (Lorenzi, 2009).
Referências:
  1. Lorenzi, H. 2009. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 3ed. Plantarum, Nova Odessa. 384 p.